terça-feira, 19 de maio de 2009

Shortbus

Finalmente consegui assistir a 'Shortbus'

segundo longa de John Cameron Mitchell, diretor do ótimo e divertidíssimo 'Hedwig'. Nesse novo filme não há um protagonista, vários personagens são apresentados e muito bem desenhados ao longo do filme que levanta a discussão sobre a dificuldade que temos em sentir.

Numa Nova Yorque pós 11 de setembro, essa dificuldade acaba levando as pessoas ao 'club' (provavelmente) mais bizarro - no bom sentido - da cidade: o Shortbus reune 'os abençoados e desajustados' para encontros sexuais, culturais, filosóficos, como explica seu hostess, Justin Bond; e com a ajuda do elenco o diretor construiu uma história que vai muito além do sexo, mesmo contendo belas e ousadas cenas de todos os tipos de performances sexuais; o filme fala mais sobre o porquê é tão fácil fazer sexo e tão difícil fazer/ter/receber amor.

Outro destaque do filme é sua trilha sonora: belas canções (folks?) de Scott Matthew, canções sentimentais e algumas pérolas do bom humor como 'Kolla Kolla' do grupo sueco The Ark.

'Kolla kolla' é cantada em sueco e tem um clima de festa, farra, cabaré...que me deixou apaixonado pelo grupo a ponto de ficar na net baixando tudo que consegui depois de assistir o filme.

A música é mesmo muito divertida, e títulos como 'Absolutely no decorum', 'One of us is gonna die young', 'Prayer for weekend', dão uma boa pista de que bom humor não falta à banda. O som tem qualidade, um misto de glam rock com novas tecnologias, culminam numa música agradável, mas não tola.

Posso dizer que ó The Ark é a minha banda preferida, até descobrir alguma outra novidade...rsrsrs


terça-feira, 12 de maio de 2009

La confusion des genres

Decidir sempre envolve um esforço

muito grande, mas passar pela vida sem se comprometer com nada e/ou com ninguém, tampouco é fácil. E é assim que Alain, personagem do filme "La confusion des genres", se arrasta através de todo o filme.

Já na introdução do personagem central, nos primeiros minutos do filme, percebemos que a volubilidade de Alain será a tônica da narração: um diálogo entre ele, homens e mulhers na sua cama, depois da transa...uma discussão sobre fim de casos, possíveis causas, etc, numa sucessão de parceiros quase sem fim.

Insatisfeito com seu trabalho, ele propõe casamento à sua colega de escritório, a quem parece odiar... ao mesmo tempo que tem um cliente que o atrai sexualmente, e através deste se vê envolvido com uma charmosa e inquietante cabeleireira e, como se fosse pouco, ainda há o irmão de uma ex-amante que está perdidamente apaixonado por ele. Nada facilita sua vida, mas quanto mais complicada a situação se torna, menos esforço Alain, interpretado por Pascal Gregory, faz pra resolver seus problemas.

O filme dirigido por Ilan Duran Cohen, é uma boa comédia quando expõe os percalços do personagem, mas peca pela mesma indecisão sobre a direção da história. Talvez proposital...talvez não...rs.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eating out 2

Existe a idéia de que,

no cinema, uma sequência nunca é tão boa quanto o filme original, mas "Eating out 2 - sloppy seconds" é uma daquelas maravilhosas exceções. Além das (óbvias) qualidades técnicas - melhor fotografia, figurino, produção - a nova aventura dos amigos Kyle, Gwen, Tiffani e Marc é muito mais divertida do que a anterior, mesmo tendo o mote do primeiro filme: armar uma situação pra levar alguém pra cama.

O filme é uma deliciosa comédia de situações que, se não fosse pelas cenas de nu, poderia passar na 'sessão da tarde' (sic). Sim, o filme é leve e despretensioso, e ainda consegue levantar temas importantes como 'outing' e homofobia...nenhuma discussão profunda é claro, mas os pontos são tocados, o que dá um toque de 'moral da história', item que os roteiristas de hollywood devem considerar indispensável às comédias.

Mas a cereja no sundae é Marco Dapper = TROY !

Sim, todas em maiúsculo. É ele o novo objeto de desejo dos personagens, já que Caleb (Scott Lunsford) não está mais na história.

Marco Dapper é um daqueles rostos/corpos que causam atração imediata e dependência crônica. TROY! , o personagem, é um caipira gostosão que cai nas garras de Gwen, Kyle, Marc e Tiffani. Daí em diante o filme não poupa esforços para explorar o corpo de Dapper (ainda bem!).

A história, mesmo 'tolinha', é bem escrita e o roteiro enxuto flui de forma ágil e consegue extrair algumas gargalhadas, muitos risos e, dos mais sensíveis, uma lágrima ou outra.