sempre é complicado, e uma relação longa, harmoniosa e pacífica entre pessoas pode ser um objetivo inalcançável. Mesmo assim todos os dias alguns pares de pessoas se juntam com o intuito de formar uma 'família': esse tal grupo, que exceto o par inicial, ninguém tem a menor idéia se os indivíduos terão algo em comum, e em alguns casos nem mesmo o casal que inicia a família pode ser considerado um par harmonioso.

Histórias de conflitos familiares, geralmente, rendem bons filmes, é o caso de "The hanging garden", escrito e dirigido por Thom Fitzgerald, que escolhe uma família particularmente problemática como protagonista.
Willie (Chris Leavins), um ex-adolescente obeso, é aguardado para o casamento de sua irmã, depois de 10 anos fora da casa dos pais. Mais que o espanto inicial - Willie emagreceu tanto e parece outra pessoa - sua chegada revelará segredos e trará antigas mágoas e ressentimentos à tona.
O fime tem uma sensibilidade ímpar, e o jardim do título é a própria casa da família, onde Willie: aprendeu a cultivar flores ornamentais com o pai; descobriu sua sexualidade com o futuro cunhado, e transformará sua maior tragédia em libertação.